Título: | Das fontes ao anseio de justiça: Contemplação poética e mística em Sophia de Mello Breyner Andresen |
Autores: | Mariani, Ceci Maria Costa Baptista |
Tipo de documento: | texto impreso |
Editorial: | Universidade Metodista de São Paulo, 2020-12-18 |
Dimensiones: | application/pdf |
Nota general: |
Estudos de Religião; v. 34, n. 3 (2020): Estudos de Religião, set.-dez.; 61-85 2176-1078 0103-801X Direitos autorais 2020 Estudos de Religião |
Idiomas: | Portugués |
Palabras clave: | Dossiê: Religião e literaturas contemporâneas de língua portuguesa |
Resumen: | Em seus Escritos de Teologia, discorrendo sobre a vida cristã, Rahner afirma, introduzindo um tópico sobre a palavra poética e o cristão, que só um poeta poderia falar sobre esse tema. Todavia, ele pondera, o poeta fala aos não poetas, portanto, os não poetas devem saber o que é a poesia. Ademais, ele acrescenta, o crente, sendo guiado pelo Espírito, pode julgar tudo. Por isso, ele conclui, enquanto reflexão do crente, a teologia não pode estar alheia à poesia. Assumindo como justificativa a palavra do teólogo, colocamo-nos, a partir da teologia, à escuta de Sophia de Mello Breyner Andresen, com o objetivo de explicitar em seus poemas a relação entre mística e poesia. A tarefa do teólogo, ou da teóloga, seguindo a reflexão de Rahner, é situar-se diante da poesia sem reduzi-la a uma lição de catequese, mas chamar atenção ao que nela aponta para um dizer da relação com Deus que se revela na criação sem deixar de ser Mistério Santo. A proposta deste artigo é apontar os elementos místicos presentes na poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), tendo como referências os teólogos K. Rahner, J. Moltmann, E. Schillebeeckx e J. B. Metz. Mais especificamente sobre o fenômeno místico e suas características essenciais, recorremos à análise fenomenológica de Juan Martin Velasco e à abordagem histórica de Bernard McGinn. No que diz respeito ao diálogo com a crítica literária, contamos principalmente com o estudo realizado por Carlos Ceia. Na escuta dos poemas de Sophia, tomando o cuidado de não fazer uma identificação ingênua entre o discurso literário e a teologia da revelação, como recomenda Kuschel, procuramos reconhecer a presença de elementos místicos, especialmente relacionados com o estilo despojado (gosto pela simplicidade) e a experiência de Deus como Mistério Santo na contemplação da natureza, elementos que se desdobram na manifestação de um anseio de justiça, possibilitando aproximar a obra da poeta de uma “Mística de Olhos Abertos” (Metz). |
En línea: | https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/ER/article/view/10812 |
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