Título: | Quatro vértices e o vento sobre fundo branco |
Autores: | Pimenta, Alan Victor |
Tipo de documento: | texto impreso |
Editorial: | Universidade Estadual de Campinas, 2016-02-19 |
Nota general: |
Pro-Posições; v. 19 n. 1: jan./abr.2008[55]; 21-27 Pro-Posições; Vol. 19 No. 1: jan./abr.2008[55]; 21-27 Pro-Posições; Vol. 19 Núm. 1: jan./abr.2008[55]; 21-27 1980-6248 Copyright (c) 2016 Pro-Posições |
Idiomas: | Portugués |
Palabras clave: | Dossiê |
Resumen: | Comporia quatro vértices sobre a luz, grafada. Nem dentro nem fora, à margem, esse espaço repleto do que não se mostra sem que seja alheio. Esse espaço de luz a arder, num sopro que nasce a esvair-se e a castrar meu movimento. O interior gravita plenas formas de vazio, plenas formas não estanques, um mal entendido, um que modifique tudo, um sinal negativo na soma. Planejo obter, aqui e ali, uma imagem que se contente com o piscar dos olhos, um arranhão no espelho que me faça recompor tão depressa como se de nada eu fosse feito. Cada espaço grão, cada além orla, cada parte é um vale que abriga os simples. Nas palavras trincadas, nos dentes dos mortos, nos deuses, cada um com sua promessa. Nas multidões, cada um é um centro do universo que se separa na encruzilhada seguinte. Seria menos espantoso rever meu avô, morrido, que reencontrar aqui seu velho rosto, cuja boca sabe ainda meu Nome, mas cuja substância se refez e na qual o tempo alterou cor e forma. Cuja substância se refez mais de uma vez ao longo desses vinte e cinco anos. Talvez o que eu queira com essa imagem seja ser um homem sem alma. Talvez meus ardores sejam transbordamento e forma. Talvez eu seja um ensaio. Ou antes, não passe de atitudes que às vezes são interrompidas por uma paisagem à qual me consinta viver. |
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