Título: | o estranho caso do "Cidadão Quinlan" |
Autores: | Piozzi, Patrizia |
Tipo de documento: | texto impreso |
Editorial: | Universidade Estadual de Campinas, 2016-03-11 |
Dimensiones: | application/pdf |
Nota general: |
Pro-Posições; v. 9 n. 1: mar./1998[25]; 158-160 Pro-Posições; Vol. 9 No. 1: mar./1998[25]; 158-160 Pro-Posições; Vol. 9 Núm. 1: mar./1998[25]; 158-160 1980-6248 Copyright (c) 2016 Pro-Posições |
Idiomas: | Portugués |
Palabras clave: | Cinevisões |
Resumen: | Em "Touch of Evil", Orson Welles, diretor e ator, dá vida a um personagem e a um enredo onde elementos de crítica social se entrelaçam em busca de respostas para o enigma de vidas "marcadas pela maldade". A trama, aparentemente apenas mais um exemplo do duelo mortal entre "bandido e mocinho", tão recorrente na cinematografia hollywoodiana, desenvolve-se numa atmosfera estranha e misteriosa, onde situações improváveis e personagens inusitados compõem imagens, ora grotescas, ora dramáticas, da condição humana degradada. O espectador encontra aí a mesma intrigante ambigüidade presente em outros fUmes de Welles, como "Cidadão Kane" (1941) e "Grilhões do passado" (1955), onde o abuso do poder e da riqueza associa-se a um destino trágico de solidão e de morte. O cineasta parece oscilar permanentemente entre a vontade política e pedagógica de denunciar e "punir" os maus e o impulso irresistível de desvendar a história íntima dos personagens, trazendo à tona o segredo de suas vidas. Sob este aspecto, a história é para o espectador um "fio de Ariadne", chamando-o a penetrar, atrás da divisão estereotipada entre bem e mal, os motivos ocultos que levam indivíduos sensíveis e íntegros ao crime e à corrupção. A tensão entre estes dois enfoques contribui para criar efeitos desconcertantes na obra de Welles, onde múltiplos sentidos se cruzam impossibilitando qualquer leitura linear. Em "Touch of Evil", o bom e o mau, empenhados num combate sem trégua, são construídos por um contraste berrante na caracterização visual, na ação, no discurso; no entanto, além deste contraste, responsável pela dinâmica da história, pode-se perceber um lastro comum entre eles, a ponto de um parecer apenas a imagem antitética do outro, como Dorian Gray e seu retrato. |
En línea: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8644153 |
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