Resumen:
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O trabalho reflete sobre processos de mediação sociocultural que permitem o acesso e a apropriação de informações por parte das pessoas. Centra-se em mediações que são estruturadas a partir de unidades de informação. O trabalho discute alguns casos empíricos de mediação cultural e de informação a partir da seleção de experiências de política cultural gestadas em unidades de informação no Brasil, na Colômbia (Medellín) e Espanha (Madrid) fazendo uso de conceitos como "mediação cultural" "apropriação social da informação", "políticas culturais", "unidades de informação." Uma questão que mereceu especial reflexão foi a forma como as políticas culturais associados às tecnologias da informação e da comunicação (TIC) tornaram possível o surgimento de novos ambientes de informação e comunicação, para redimensionar a relação dos indivíduos com a produção, a prática e a própria construção de identidades e memórias culturais . A pesquisa incluiu incursões aos espaços onde estes processos são desenvolvidos para observação, coleta de dados e entrevistas com gestores e usuários que participam dos projetos, além de "netnografias" no ambiente digital Web. Os resultados da pesquisa sintetizam alguns subsídios para pensar políticas socioculturais no contexto das unidades de informação. No caso da ciência da informação, seria perguntar: até que ponto a política de informação não seria, hoje, também um tipo de política cultural? Assim, as novas unidades de informação se tornariam ambientes culturais de informação, aparelhos, dispositivos e tecnologias de mediação, capazes de sistematizar, comunicar e fornecer o conhecimento intercultural, numa relação dialógica com o seu local e seus usuários.
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