Título: | Apresentação do Dossiê |
Autores: | Josgrilberg, Rui de Souza ; Siqueira, Tércio Machado |
Tipo de documento: | texto impreso |
Editorial: | Escola de Teologia da Universidade Metodista de São Paulo, 2012-12-19 |
Dimensiones: | application/pdf |
Nota general: |
Caminhando (online); v. 17, n. 2 (2012): Caminhando; 7-8 Caminhando; v. 17, n. 2 (2012): Caminhando; 7-8 Caminhando; v. 17, n. 2 (2012): Caminhando; 7-8 2176-3828 1519-7018 |
Idiomas: | Portugués |
Palabras clave: | Dossiê |
Resumen: | Temos a grata satisfação de entregar aos leitores e leitoras de Caminhando um dossiê procurando mostar e interpretar os últimos escritos de Milton Schwantes. Os artigos mostrados nesta revista estão baseados, especialmente, em aulas escritas para o Programa de Pós-Graduação da UMESP, dos anos 2009 a 2011, ainda não publicados. Este dossiê visa não somente prestar uma homenagem ao querido professor e amigo Milton Schwantes, mas também resgatar seus projetos de interpretação bíblica, nos últimos anos de docência na Universidade Metodista de São Paulo. Em seus derradeiros escritos, ele manifestou, com insistência, uma nova perspectiva hermenêutica na abordagem do Primeiro Testamento, incluindo avançadas pesquisas sobre o tema messianismo. Na base dessa mudança hermenêutica estão as desconstruções da teoria clássica das fontes literárias do Pentateuco, bem como uma interessante revisão da história de Israel, em consonância com as descobertas arqueológicas do Antigo Oriente Médio. Milton propõe que a teologia bíblica se oriente, como ponto de partida, pelo próprio cânon bíblico. Assim, a teologia da Torá constitui-se na pedra-de-esquina do conjunto literário que se completa nas duas outras partes da Bíblia Hebraica: Profetas e Escritos. Para Milton, a grande questão é como estas três partes se organizam teologicamente. Assim, ele buscou fundamentar a possibilidade de uma renovação dos estudos da Bíblia em vista da teologia do Primeiro Testamento em um novo enfoque do cânon hebraico. Este novo enfoque toma a Torá como a base para a compreensão do desenvolvimento posterior das duas outras partes da Bíblia Hebraica, Profetas e Escritos. O horizonte que as narrativas da Criação, colocadas como portal da Torá, abrem para a teologia do Primeiro Testamento uma visão que implica a revelação em Israel com toda a humanidade e com todo mundo criado. A ênfase, encontrada a partir de Gênesis 1-11, é de um horizonte hermenêutico que possibilita ver a criação como a encarnação da esperança. Embora Milton não tivesse uma visão sistemática, ele mostrou uma percepção hermenêutica que lhe permitiu desenvolver as linhas fundamentais do Primeiro Testamento. É importante dizer que ele se preocupou em deixar por escrito seus últimos cursos como o primeiro esboço de uma teologia. Falamos do Milton exegeta e teólogo por excelência, mas pouco mencionamos as suas qualidades pastorais. José Ademar Kaefer menciona, em seu artigo, uma faceta da personalidade desse pastor. Ele não se empolgava com as conquistas dos poderosos reis, mas se preocupava com o povo oprimido: E as vítimas, onde estão? Onde estão os jovens que morreram nas guerras para garantir os sonhos megalomaníacos dos reis? Onde está povo que teve que pagar tributos abusivos para manter as guerras? Onde estão as mulheres violentadas pela guerra? As mães, viúvas, que choram a morte de seus filhos e de seus maridos? Onde estão os órfãos das guerras? Onde está Deus deles? Para o Milton, não basta ler e decorar a Bíblia. O pastor e a pastora precisam ler o texto sagrado com atenção redobrada e muita sensibilidade para os pequenos e esquecidos da história. Sentindo dificuldade com saúde, Milton esmerou-se no preparo de suas aulas na forma escrita. Nesses escritos, Milton postula que a teologia bíblica esteja verdadeiramente incluída no concreto da vida. Para ele, só assim a teologia alcançará o seu sentido ou a sua materialidade. Rui JosgrilbergTércio Machado Siqueira |
En línea: | https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/Caminhando/article/view/3478 |
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